Em O Samurai. A vida de Miyamoto Musashi, biografia publicada no Brasil pela Estação Liberdade, o especialista em língua e cultura japonesas William Scott Wilson se baseia em fatos históricos para traçar os caminhos do espachim. A obra é resultado de extensa pesquisa e traz ainda mapas e vários anexos, como desenhos de autoria do próprio Musashi, que além da habilidade com as espadas, destacou-se como pintor a nanquim, praticante de caligrafia tradicional, estudioso de poesia chinesa e adepto da filosofia zen-budista.
Como mostra o livro, Musashi foi uma lenda de seu tempo. Ignorando as convenções, ele preferia uma espada de madeira e em seus anos de maturidade nunca lutou com uma arma autêntica. Foi um mestre em aniquilar os inimigos usando recursos psicológicos que estudava exaustivamente antes dos combates. Musashi orientava seus estudos tão arduamente conquistados sobre as artes combatentes para metas espirituais de cunho zen-budista. Como nos mostra Scott Wilson nesta biografia, no japonês moderno existem figuras de linguagem que se referem ao caráter “musashiano”, revelando que, provavelmente, o seu nome seja tão ou mais conhecido do que importantes personalidades da história e cultura japonesas.
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